domingo, 19 de julho de 2015

A poesia cala




A poesia cala
os sonhos suspirados
engole o fel
de não ser amado

A poesia cala
alma escurecida
sentimentos que transpiram
nos porões do medo

A poesia cala
com maestria
sangria desatada
desencontros vitimados

A poesia cala
mas não apaga
o briho do olhar
chama da paixão

A poesia  cala
sintonia perfeita
para que solidão
abre as portas  da razão...

Um comentário:

  1. Que belo poema, Cris!

    Por falar em se calar,
    "a poesia encarnada se calou", não é?
    O que houve? O meu Avast acusa ameça de vírus
    no Sg.

    Obrigado!

    ResponderExcluir