sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O vento



























O vento que uiva
lá fora
derruba e desequílibra


Sem vaidade de outrora
emudece e não aflora
desnuda sem pudor


Invadindo suas dores
derramando o fel
em sua alma


O vento canta
sua agonia
guardada em segredos


Herdeiros sem
destino no desespero,
deixando rastros


Humilha mais
não mata
sem arrancar a raiz


O vento passa
com o tempo
ficando o lamento
Cris